
"Se você não sabe qual é a sua missão na vida, já tem uma: encontrá-la"
Viktor Frankl
Como eu trabalho?
Cada pessoa que chega ao consultório traz consigo muito mais do que um motivo aparente.
Traz vivências, dores, afetos e perguntas sobre si mesma e sobre a vida.
Meu trabalho parte do reconhecimento dessa complexidade — de que somos seres em constante construção, sempre convidados a responder à vida de formas novas.
Na psicoterapia, não buscamos respostas prontas, mas abrimos espaço para o que precisa ser dito, sentido e ressignificado.
Acredito que o processo terapêutico acontece quando duas existências se encontram de forma autêntica — e, nesse encontro, algo começa a se transformar.
Meu olhar para o ser humano
Acredito que a psicoterapia é, antes de tudo, um encontro humano.
Um espaço em que a escuta é profunda, o silêncio tem valor e o diálogo acontece com presença. Cada pessoa traz uma história, uma dor, uma busca — e é a partir desse encontro que começamos a compreender o que a vida está pedindo em determinado momento.
Minha prática clínica é sustentada pela Logoterapia e Análise Existencial, abordagem desenvolvida por Viktor Frankl.
Ela parte da compreensão de que o ser humano é muito mais do que um conjunto de sintomas, comportamentos ou diagnósticos. É um ser livre, consciente e responsável, capaz de escolher uma atitude diante das circunstâncias, mesmo quando não pode mudá-las.
A Logoterapia é um convite para que possamos olhar para a existência e encontrar nela o sentido — não um propósito pré-definido, mas algo que se revela nas pequenas e grandes experiências do cotidiano: nas relações, no trabalho, no amor, na dor, nas perdas e nas escolhas.
Ela nos lembra que, mesmo em meio ao sofrimento, ainda podemos responder à vida com autenticidade e coragem.
Essa compreensão se entrelaça à Fenomenologia, que me ensina a olhar para cada pessoa como única, sem pressa de interpretar, rotular ou ajustar à teoria.
A fenomenologia me convida a suspender os julgamentos e a me abrir para aquilo que se mostra no aqui e agora — a experiência viva, tal como ela é.
Na clínica, isso significa estar verdadeiramente presente, acolhendo o que se manifesta em cada encontro, respeitando o ritmo, a história e o modo de ser de cada um.
A psicoterapia comigo
Embora a Logoterapia e a Fenomenologia sejam o alicerce do meu trabalho, acredito que o conhecimento se expande quando há diálogo entre diferentes perspectivas.
Por isso, busco constantemente me aprofundar em outras abordagens — como a Terapia Cognitivo-Comportamental, Psicodrama, Sistêmica, Neurociências e Psicopatologia.
Esses referenciais enriquecem minha escuta e ampliam o olhar sobre o ser humano, sem perder o eixo central que orienta minha conduta terapêutica: o respeito pela singularidade de cada pessoa e pela liberdade de ser quem se é.
Mais do que aliviar sintomas, vejo a psicoterapia como um processo de ampliação da consciência, um espaço onde é possível se olhar com mais profundidade, compreender os próprios movimentos e, pouco a pouco, se reencontrar com o sentido que pulsa em cada experiência.
Cada sessão é um convite a olhar para si com mais honestidade e cuidado — a reconhecer o que precisa ser transformado, o que pede aceitação e o que pode florescer.
É um espaço para aprender a viver com mais presença, mesmo quando a vida se mostra difícil, incerta ou dolorosa.
Acredito que cuidar da existência é um ato de coragem.
E é nessa coragem — de se olhar, de se permitir sentir e de responder à vida com autenticidade — que mora o verdadeiro movimento de transformação.